segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

1ª Postagem 
Observações na Escola Estadual Amando de Oliveira
Estagiário: Wilian da Silva Nunes.
Depois de determinada a escola para fazer o estágio, surgiu uma ponta de dúvida, de incerteza, e até certo medo de como eu seria recebido na instituição.
E então, chegou a grande hora de entrar em cena. Quando adentrei a Escola Estadual Amando de Oliveira pela primeira vez, uma mistura de coisas passava pela mente. A primeira questão era: “É hora de ‘enfrentar’ o complicado e problemático setor administrativo da escola, então vamos lá!”.
Logo na hora da apresentação à Coordenação já dava para sentir um pouco de como a escola em questão funciona: profissionais frustrados, pouco interessados (o que dava pra ver que refletia nos alunos) e nem um pouco comunicativos entre si. Embora o primeiro encontro tenha sido um tanto confuso e desorganizado, tudo acabou dando certo e a permissão para efetuar a observação foi concedida, embora a figura do senhor diretor (que parece pouco frequentar a escola) nem tenha se atentado e opinado sobre nossa estadia para observação.
Passados os trâmites iniciais de “credenciamento” na Secretaria/Coordenação, seguimos (Fábio Sobral Nogueira e eu) para a sala dos professores onde encontramos a professora a qual acompanhamos durante aquela e as demais três semanas. Após decidirmos os horários e as turmas, bem como os procedimentos a serem tomados, fomos para a sala de aula acompanhar o dia a dia, ou melhor, o noite a noite do ambiente escolar, a fim de nos inteirarmos sobre o funcionamento dessa densa, porém empolgante relação mestre-aprendiz.
Lá chegando, a percepção que me veio foi um tanto diferente do que imaginava. Encontrei turmas relativamente tranquilas (dois primeiros anos e um segundo ano), as quais não mostraram em momento algum serem difíceis de lidar.
A maior dificuldade observada na verdade foi a falta de interesse dos alunos, que pareciam estar naquele ambiente muito mais preocupados em cumprir tabela ou carga horária, tirar nota para serem aprovados e no final retirarem seu certificado de conclusão do Ensino Médio. O interesse pela ciência, pelo desvendar do saber... esse parecia passar bem longe daquele local, mesmo que a professora  tentasse enfatizar a importância de tais conhecimentos e da visão crítica do mundo ao redor. Ficou bastante nítido, também, como é grande a deficiência de conhecimentos básicos (uma boa leitura, interpretação, capacidade de argumentação) nos alunos de hoje e como essa deficiência prejudica todo o resto do desenvolvimento.
Após o período de observação foi possível ter uma noção de como funciona (aos trancos e barrancos, às vezes) uma escola e como o fato de existir um sistema desleixado e despreocupado reflete nos indivíduos que com ele se relacionam.

A experiência foi muito válida, pois proporcionou um esclarecimento e uma maior noção de como anda e funciona essa instituição, que mesmo estando um tanto descaracterizada, ainda mantém e se configura como o maior e mais eficiente meio de aprendizagem social.


Postagem revisada em 29/09/2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário