EE OLINDA CONCEIÇÃO TEIXEIRA BACHA
Olá a todos,
Vou mostrar pra vocês um pouquinho da experiência que tive nessa escola, onde todos que lá trabalham demonstram ter enorme orgulho pelas conquistas obtidas pela instituição. As informações sobre a localidade, nome da diretora e outras relevâncias, colocarei no fim desse post.
Bom, tive dificuldades nas semanas iniciais do Estágio Obrigatório I pois, toda vez que procurava a direção para tratar sobre a observação que deveria fazer, nunca havia ninguém lá. Fui informada que os responsáveis estavam viajando para concorrer a um prêmio (fiquei super curiosa pra saber qual era esse prêmio, mas ninguém me deu detalhes). Após muitas tentativas e idas até lá, consegui a oportunidade de conhecer melhor a escola. Fui muito bem recebida pela maioria dos funcionários, tais como os professores, a coordenadora da área de Letras (um amor de pessoa) e até mesmos os alunos. Tudo ali pareceu funcionar em perfeita harmonia. Dizem que a primeira impressão é a que fica. E foi essa que tive.
A escola funciona no período vespertino (1º e 2º ano do Ensino Médio) e noturno (2º e 3º ano do Ensino Médio) e conta com uma grande quantidade de professores. Na área de Química são dois (ambos formados em Licenciatura Plena) mas conheci apenas um deles, que é o professor Vítor Paulo Vianna, responsável pelo meu estágio. Me recebeu de maneira excelente, pude estabelecer contatos com ele e acabei até ganhando um parceiro da área (ou diria ainda um amigo). Ele possui graduação por uma faculdade localizada na cidade de Fernandópolis -SP e dá aula há mais de 4 anos. Fiquei encantada pela forma com que ele trata os alunos. "Muitos desses adolescentes passam por dificuldades na vida cotidiana, e nós como professores devemos saber entender isso e contribuir não só para o aprendizado da disciplina, mas prepará-los para o mundo que está lá fora. Procuro tratar todos como se fossem meus filhos", afirmou Vítor quando comentei que os alunos pareciam gostar muito dele. Esqueci de dizer ainda que, além da escola Olinda, ele dá aula no colégio 11 de Outubro, Latino Americano e se não estou enganada, no Status também. São 50 aulas por semana!!!
Voltando à escola, na questão de que fui muito bem recebida (isso é verdade), mas com o passar das semanas, comecei a perceber que nem toda primeira impressão é que vale. Vi que não é muito fácil encontrar o pessoal da coordenação/direção. Achei que somente naquela semana de viagens (antes de começar a minha observação) é que não tinha ninguém lá. Me enganei nesse aspecto. Mas esse é um dos poucos pontos negativos dessa experiência, os outros nem vou postar por enquanto. Vou falar que descobri o "por quê" do prêmio que a escola estava recebendo. Ela está entre as melhores escolas do país e ganhou um prêmio de gestão (entendo agora porque todos lá falam bem dela). Tive a oportunidade de estar presente na auditoria que avaliou a escola em todos os âmbitos, desde estrutura física até relação entre professores e alunos.
Prêmio de Gestão Escolar
Todo o funcionamento da instituição parou nesse dia (não me lembro a data). Aliás, todos queriam passar uma boa impressão. As cozinheiras vestiam toucas e calçavam luvas. As salas de aula estavam cheias de alunos (o que não acontece sempre). Haviam trabalhos espalhados pela escola para mostrar os projetos. Todos estavam exageradamente sorridentes e procuravam passar a melhor imagem possível. Não vou expor minha opinião quanto a isso, só acho que estavam "forçando" demais para agradar.
Enfim, sei que a escola ganhou, não só esse mas vários outros prêmios, que sua média no IDEB é 5,6 e que eles conseguiram atingir a média prevista pra 2015 e, assim, todo mundo que lá trabalha sente uma enorme felicidade pelo lugar. Mas, como todo colégio público, há o lado negro da história. Salas de aula em condições ruins (portas que não fecham paredes que precisam de pintura), alunos "problemáticos" que não estão nem aí pra nada. Todos sabemos como é a realidade do ensino público no Brasil, e lá não é muito diferente. Existem aqueles que se importam com a escola, assim como há quem ache que ela não sirva para nada. Mas, apesar do apesares, carrego comigo uma boa imagem desse lugar que me tratou de forma acolhedora.
Queria contar mais vivências, mas o texto já está grande e não quero que fique cansativo. Talvez em uma outra oportunidade. Deixo algumas fotos que consegui de lá e agradeço a todos que me recepcionaram carinhosamente.
Abraços orgulhosos.
Ipê Amarelo colorindo a escola.
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